Na quarta à noite, véspera do jogo entre Fortaleza e Botafogo, o dono da SAF alvinegra, John Textor, surpreendeu ao publicar nas redes sociais relatório sobre a arbitragem na derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG, em 16 de setembro. Na análise do estudo contratado pelo empresário americano, o “resultado real” seria 1 a 1.
Nesta quinta, o ge teve acesso ao relatório completo contratado pelo americano, com análise de outras partidas. Textor apagou o post nas redes sociais minutos depois da publicação, mas sua defesa no Superior Tribunal de Justiça Desportiva anexou o documento ao processo, com pedido de reconsideração da suspensão preventiva de 30 dias – dos quais ele já cumpriu 20.
No último dia 1º, John Textor falou em “corrupção e roubo” no Brasileirão depois da derrota do Botafogo para o Palmeiras por 4 a 3, no Nilton Santos. Ele foi suspenso preventivamente pelo STJD e processado pela CBF.
O relatório analisa diversas partidas de 2023, principalmente de Botafogo e Palmeiras, mas não só das duas equipes. No Brasileirão, o documento da empresa Good Game!, contratada por Textor, diz que o Alvinegro teria 21 pontos de vantagem sobre o Palmeiras. Na tabela real, os paulistas estão dois pontos à frente dos cariocas.
Assim, o proprietário da SAF do Botafogo contratou uma auditoria externa para analisar possíveis “manipulações” ou erros de arbitragem em jogos do Brasileiro. Este relatório da empresa francesa Good Game! apontou que o Alvinegro deveria ter 10 pontos a mais na tabela e o Palmeiras, principal rival na disputa do Brasileiro, 13 pontos a menos.
A Good Game! é uma empresa francesa especializada em checar jogos e fazer análises de lances de arbitragem – como cartões vermelhos, impedimentos e gols anulados. Foi criada em 2012, depois que os fundadores foram chamados para analisar uma partida de handebol entre Montpellier e Cesson-Sevigné. Após o relatório, foi concluído que o primeiro time saiu perdendo no intervalo de propósito para que alguns jogadores envolvidos num esquema de aposta ganhassem 250 mil euros..
Posteriormente, a Good Game! passou a auxiliar federações e órgãos esportivos franceses em análises de jogos com suspeita de terem sido manipulados. John Textor conheceu a empresa através do Lyon, um dos clubes de que é dono, que a havia contratado antes da chegada dele.
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