O Campeonato Brasileiro vive um processo de globalização cada vez mais evidente e alcançou a marca de 110 atletas nascidos fora do país registrados, com o término da janela de transferências na última quarta-feira. O Espião Estatístico preparou um levantamento com todos os elencos dos times da Série A para mostrar as nacionalidades e a quantidade de jogadores em cada equipe.
Internacional, São Paulo e Botafogo contam com os elencos mais globalizados do Brasileirão, com nove atletas nascidos fora do Brasil em cada clube. O colombiano James Rodríguez foi o último a se juntar à lista do Tricolor Paulista, que também tem: Arboleda e Jhegson Méndez (Equador); Gabi Neves e Michel Araújo (Uruguai); Calleri, Galoppo e Alan Franco (Argentina); e Ferraresi (Venezuela).
O Colorado, por sua vez, trouxe o equatoriano Enner Valencia e o uruguaio Sergio Rochet nesta janela e também conta com Mercado e Bustos (Argentina); De Pena (Uruguai), Nicolás Hernández (Colômbia), Aránguiz (Chile) – além de Johnny (Estados Unidos) e Wanderson (Bélgica), que também nasceram fora do país, mas que possuem a cidadania brasileira.
O time gaúcho, inclusive, bateu recorde de gringos utilizados em um jogo do Brasileirão, ao entrar com sete jogadores estrangeiros no time titular, no empate em 0 a 0 com o Bragantino, pela 16ª rodada. Por conta da dupla-nacionalidade, Johnny e Wanderson, também titulares, não fizeram o Colorado ultrapassar o limite de gringos. Da escalação inicial, apenas Renê e Alan Patrick nasceram em solo brasileiro.
Aos 45 do segundo tempo, o Botafogo contratou mais dois uruguaios para o elenco: Mateo Ponte e, por último, Valentín Adamo. O elenco alvinegro também tem: Gatito Fernández e Matías Segovia (Paraguai); Víctor Cuesta e Di Placido (Argentina), Luis Segovia (Equador); Diego Hernández (Uruguai) e Jacob Montes (Estados Unidos).
Vasco e Grêmio também aparecem em destaque, com oito estrangeiros cada. Os últimos que desembarcaram no Brasil foram os argentinos Pablo Vegetti e Lucas Besozzi, que acertaram com Cruzmaltino e o Tricolor Gaúcho, respectivamente.
Ao todo, foram 84 novos reforços nos 20 clubes da Série A na última janela de transferências, com 27 estrangeiros. Foram contratações de sete países estrangeiros distintos: Argentina, Uruguai, Colômbia, Chile, Paraguai, Portugal e Equador.
Vale lembrar que os clubes da Série A aprovaram por unanimidade a ampliação do número de estrangeiros que podem ser relacionados a cada partida. Após votação na sede da CBF no último mês de fevereiro, o número máximo passou de cinco para sete.
Argentinos e uruguaios são maioria absoluta entre os gringos
Os hermanos da Argentina e do Uruguai representam 64 dos 110 jogadores nascidos fora do Brasil no Campeonato Brasileiro. São 38 argentinos e 26 uruguaios registrados ao fim da janela nos elencos da Série A. Ao todo, são 12 nacionalidades estrangeiras diferentes no torneio.
Foram contabilizados os atletas relacionados para pelo menos uma partida dos times profissionais no Brasileirão, além das novas contratações feitas pelos clubes na última janela. Os países são referentes apenas ao local de nascimento de cada jogador, não levando em consideração possíveis naturalizações em outros países.
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